Um fenômeno muito comum no futebol brasileiro é a famosa “cera”, uma prática utilizada para atrasar o andamento da partida. Essa tática envolve jogadores, médicos de clubes ou até mesmo gandulas, que adotam atitudes para prolongar o tempo de interrupção e, assim, reduzir o tempo útil de jogo. A cera geralmente ocorre em momentos decisivos, como quando o time da casa ou a equipe que está vencendo tenta garantir o resultado favorável.
Para combater essa prática, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu adotar um mecanismo denominado “anticera”, que visa reduzir a interrupção do jogo e aumentar a fluidez da partida. Uma das iniciativas mais recentes da entidade é a implementação do sistema de “multibolas”. Com esse sistema, as bolas serão posicionadas em cones ou pratos em locais específicos ao redor do campo, permitindo que o jogo retome com mais agilidade. Assim, não será necessário que os gandulas, que muitas vezes estão envolvidos na estratégia de atrasar o jogo, corram até o campo para entregar uma nova bola.
A mudança visa não apenas aumentar a velocidade do jogo, mas também evitar que o cronômetro de jogo seja manipulado por ações que diminuem o tempo de atividade em campo. A CBF espera que a nova dinâmica ajude a manter a partida mais dinâmica e justa, beneficiando os times que realmente buscam um jogo rápido e competitivo, sem a interferência de práticas que favoreçam o time em vantagem.
A introdução desse sistema de multibolas é um passo importante para modernizar o futebol brasileiro e melhorar a experiência tanto para os jogadores quanto para os torcedores, tornando o espetáculo mais empolgante e menos suscetível a interrupções desnecessárias.